Assim como nas vias terrestres, na água, seja doce ou salgada, também existem regras. Fernando Siqueira Carvalho, um grande apreciador de barcos, diz que as normas têm a finalidade de garantir uma condução mais segura, permitindo que todos possam navegar por rios, mares e lagoas, dando respeito ao espaço um do outro. Assim, evitando acidentes, que na maioria das vezes se dá por imprudência; então as regras agem como uma maneira civilizadora.
Embora os veículos na água sejam bem menores se comparado às ruas de uma grande cidade urbana, ainda assim é possível ter acidentes. Isso acontece, principalmente, em altas temporadas, como no verão e nos feriados prolongados, quando muitos barcos, lanchas e jets skis acabam se concentrando nos canais e nas belas enseadas do litoral e das águas interiores país afora.
Fernando Siqueira Carvalho conta que as normas criadas para o trânsito no mar são do RIPEAM (Regulamento Internacional para Evitar Abalroamento no Mar). No entanto, elas também servem para navegar em água doce. Existem algumas regras de trânsito na água que são muito importantes. Veja a seguir alguns exemplos.
- Velocidade: como os veículos aquáticos são em menor proporção, não tem limite de velocidade estabelecido como acontece com os terrestres. Porém, mesmo que não tenha velocidade máxima para navegação, isso não significa que o condutor não precisa ter cautela. Então, a recomendação é sempre uma navegação mais calma, principalmente quando as águas estão agitadas, de noite e em dias de chuva.
- Aviso sonoro: É uma regra de extrema importância tanto para águas doces ou salgadas. Fernando Siqueira Carvalho diz que os avisos sinalizam aos demais navegantes coisas importantes, como a direção a ser seguida, ultrapassagem e até marcha ré.
Preferência: Assim como na terra, essa regra tem a função de evitar colisões e manter o trajeto seguro. Na água, as regras de preferência ainda consideram a velocidade, tamanho do barco e o local de navegação. A regra mais básica sobre preferência é: as embarcações mais rápidas devem desviar quando há o risco de colisão. Isso porque elas possuem mais agilidade e, em alguns casos, mais potência no motor para manobras rápidas.