A Justiça de Pernambuco decretou prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima, nome artístico de Nivaldo Batista Lima, e do empresário Bóris Maciel Padilha. A decisão foi proferida pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª vara criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco, no âmbito da Operação Integração, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro vinculado à exploração de jogos de azar.
Além de Gusttavo Lima, a operação envolve a influenciada e advogada Deolane Bezerra Santos, sua mãe Solange Alves Bezerra Santos, e outros 17 suspeitos. A Justiça determinou também a indisponibilidade dos bens dos envolvidos, garantindo a reposição dos danos e a eficácia das medidas judiciais. A difusão vermelha junto à Interpol foi solicitada para a captura de foragidos.
A juíza destacou o impacto devastador dos jogos de azar sobre as famílias e causou danos a delitos cometidos pelos investigados. Ela afirmou que Gusttavo Lima teria dado guarida a foragidos, demonstrando desrespeito pela Justiça. A proximidade do cantor com os foragidos José André da Rocha Neto e Asilia Sabrina Truta Rocha foi mencionada como preocupante.
Em setembro, o avião de Gusttavo Lima retornou ao Brasil após escalas na Europa, mas os foragidos não fizeram parte do bordo, desceram que optaram por permanecer no exterior para evitar a Justiça. A juíza ressaltou que a capacidade financeira dos forgidos dificultava a ação das autoridades, permitindo-lhes sustentar uma vida de fuga.
A decisão judicial também menciona que Gusttavo Lima não compareceu a uma convocação policial para depor no inquérito. Como parte das medidas, a juíza suspendeu o passaporte e o certificado de armas de fogo dos acusados, enfatizando que a prisão é um mecanismo de proteção da sociedade e de garantia da justiça.
A Operação Integração visa desarticular um esquema de lavagem de dinheiro que movimenta grandes aspectos através da exploração ilícita de jogos. O processo permanece sob sigilo para proteger a integridade das investigações em andamento.
A defesa de Gusttavo Lima afirmou que está tomando as medidas cabíveis e que a inocência do cantor será provada. Em nota, a defesa declarou que a decisão é favorável aos fatos já esclarecidos e que não medirá esforços para reverter a decisão judicial, alegando que o cantor não tem envolvimento com o esquema investigado.
A situação de Gusttavo Lima e dos demais envolvidos continua a ser acompanhada de perto, enquanto as autoridades buscam avançar nas investigações e garantir que a justiça seja feita.